Acampamento em |Brasilia! Vitória! |
Muita gente nem tem idéia do que vem
acontecendo, desde 2004, nesse país. Com a demissão de mais de 100 mil
trabalhadores, a extinção de empresas públicas, e a entrega de patrimônio
nacional, construído, em alguns casos, com sangue de Brasileiros, foi
instaurado na década de 90 o maior massacre as instituições públicas, de que se
tem noticias, nesse país. A reboque de um ideal “neo-liberal” que já
apresentava sinais de falência no mundo (vide o que acontece na Europa hoje)
foi dado inicio ao desmonte do Estado Brasileiro, em prol de um pequeno grupo
que, enriqueceu, sem o menor pudor nem caráter. O governo que se seguiu, por
oito anos, colocou o Brasil de joelhos (e sem sapatos) diante do mundo. Fomos
humilhados por grandes potências e pelo FMI. Tivemos que passar por
racionamento de energia, pedidos de empréstimos a juros escorchantes, e pagamos
um preço alto pela falta de patriotismo. Tudo isso, nós, demitidos do Plano
Nacional de Desestatização, pagamos e carregamos nas costas. Muitos morreram,
ficaram pelo caminho. Outros desistiram. Mas a grande maioria empreendeu uma
luta, que, quer queira, quer não, começou a ser resgatada em 2004, no governo
LULA.
Relembrar essa história é sempre necessário.
Assim como o Holocausto, NÃO PODE SER ESQUCIDA. Temos que buscar forças.
Precisamos, por exemplo, exigir do MPOG que não abandone a CEI. A nossa
comissão de anistia, hoje, conta com bravos guerreiros, que estão anistiando. Mas
precisam de força. É necessário que pessoas que saíram sejam substituídas para
que se volte a ter reuniões semanais. Existem, ainda, muitos processos a serem
analisados e muitos trabalhadores que, só agora, descobrem que têm direitos, enviando requerimentos. Não podemos
esmorecer. Criticar é um direito, e é necessário para o crescimento. Atacar a
CEI é um despropósito.
Conclamo a todos que continuem a mandar
e-mails para os parlamentares, procuradores, e a todos que possam ajudar. O
resgate da dignidade está sendo realizado. Mas é preciso, por exemplo, o
resgate SALARIAL e FUNCIONAL. Não podemos nos atacar uns aos outros e permitir
que se apague a chama da ANISTIA. É essa chama que vai desmoralizar de vez,
esse projeto que FALIU. A prova disso é o respeito alcançado pelo Brasil no
mundo e o desenvolvimento econômico. Hoje, as “viúvas” do neo-liberalismo estão na imprensa, nos jornalões, que perderam
o monopólio da comunicação para a Internet. Não conseguiram impedir a reorganização do Estado e atacam o tempo todo. Precisamos estar atentos, pois eles
querem voltar e, se voltarem, não se iludam, virão para cima de nós novamente.
Não podemos permitir que isso aconteça.
Não podemos nos dispersar!