Os petroleiros na Bahia, no dia 16, votaram a Rejeição da 2ª Contraproposta da Petrobrás o início da greve por tempo indeterminado, data aprovada para que ocorresse um o movimento grevista dos petroleiros da Petrobras.
A Greve iniciou com o objetivo de unificar a categoria e esperava que a direção da FUP fizesse o chamado a se somar à greve em solidariedade ao Sindipetro Bahia, filiado a esta federação.
Junto com os petroleiros da Bahia, entraram em Greve nesta data, os petroleiros do Litoral Paulista, de São José dos Campos, de Sergipe e Alagoas e do Rio de Janeiro. No Litoral Paulista parou a refinaria (RPBC), os terminais Transpetro (Alemoa, Pilões, Tebar) e Unidade de Transporte de Gas de Caragua. Em Sergipe: Atalaia, Sede da Rua Acre, FAFEN, Carmópolis (Jordão, Siriri, Riachuelo e Base de Carmópolis). Ocorreram atrasos nas bases do Sindipetro Pará/Amazonas/Maranhão/Amapá.
Em virtude dos vacilos da maioria das Direções dos Sindipetros e da Direção da FUP, causou muita insegurança, nem todas as bases pararam. Afinal, não gostariam de ir a um movimento sem unidade nacional, por que conhecem a violência com que o governo está atacando as greves. Basta ver o que ocorreu com as greves dos correios e dos bancários, e a privatização dos aeroportos.
Mas o movimento foi nacional. No Rio de Janeiro o Terminal da Ilha Grande (TEBIG) está paralisado, o Terminal da Baia da Guanabara (TABG) votou atrasos de duas horas com corte de emisão de PT a cada grupo de Turno até o dia 22/11 e houve uma grande agitação nos prédios centrais da cidade. Em Alagoas, realizaram atrasos de até três horas na Estação do Pilar. E em Manaus atraso na sede administrativa.
Os trabalhadores nas bases dos sindicatos do Rio Grande do Norte e Ceará têm disposição de ir a uma Greve Nacional e junto com o sindicato da Bahia o Sindipetro do Rio Grande do Norte encaminharam um documento para FUP solicitando que esta Federação se some ao movimento e que antecipe o Conselho Deliberativo para esta sexta-feira.
Os petroleiros da REPLAN realizaram paralisações de 30 minutos em apoio às bases que estavam em greve e apoiaram a antecipação da reunião do Conselho.
Estes acontecimentos e a iniciativas das oposições em Caxias e Norte Fluminense empalmaram com a vontade de luta dos trabalhadores da base.
Junte-se a isso, acontece a greve dos mais de 8 mil operários das obras do COMPERJ, que lutam por melhorias de condições; os petroleiros terceirizados da CEMON, em Carmópolis/SE e estão em greve há mais de 35 dias; e os operários de Carauari, na Província do Urucu estão indignados com as condições de seguranças do Aeroporto e foram ameaçados de demissões; como também os petroleiros terceirizados do Norte Fluminense e de todo país que lutam pela mesma jornada de trabalhado de 14x21 que é praticada aos petroleiros da Petrobrás. O clima entre os petroleiros diretos e terceirizados é de indignação e revoltas, a categoria está como uma panela de pressão pronta para explodir.
OS PETROLEIROS LUTAM PELA GREVE NACIONAL DA CATEGORIA
Os petroleiros das bases de Campinas, Bahia, Rio Grande do Norte reivindicam a antecipação do Conselho Deliberativo para unificar o movimento. Os Sindicatos filiados a FNP e o Sindipetro Rio de Janeiro apóiam a iniciativa.
Em virtude disso os sindicatos que estão em Greve - Sindipetro’s: do Litoral Paulista, São José dos Campos, Sergipe e Alagoas, Rio de Janeiro e Bahia, e o Sindipetro PA/AM/MA/AP indicam para as concentrações e assembleias:
1. Manter a Greve nesta sexta-feira, 18 de novembro, indo para o 3º dia;
2. Aos sindicatos que não conseguiram entrar em greve, vote o Estado de Greve e promovam trancaços, atrasos, assembleias, atos e setoriais;
3. Para os Sindicatos que realizarão assembleias para apreciar a 2ª Contraproposta de ACT, apreciem e votem a REJEIÇÃO DA 2ª CONTRAPROPOSTA DA PETROBRÁS do dia 14.11.11; e
4. Aprecie e vote a nota que faz um chamado a todas as bases da categoria, a maioria dos Sindicatos, à Direção e ao Conselho Deliberativo da FUP a votarem o início da GREVE NACIONAL PETROLEIRA POR TEMPO INDETERMINADO E COM PARADA DE PRODUÇÃO, no dia 23 de novembro;
Os petroleiros estão demonstrando que tem disposição de luta e organização suficiente para ir à greve e arrancarem uma proposta melhor da empresa. Os sindicatos da Bahia, Sergipe/Alagoas, Litoral Paulista, Rio de Janeiro, Para/Amazonas/Maranhão/Amapá, São José dos Campos e Rio Grande do Norte, mostraram o caminho, nós os petroleiros de todo Brasil temos que segui-lo, ir à luta e conseguir uma acordo salarial melhor.
PROPOSTA DA PETROBRÁS É REBAIXADA
A Proposta da Petrobrás não traz nenhum avanço. A empresa apresentou uma proposta de ACT sem nenhum avanço nas cláusulas sociais e uma proposta econômica rebaixada e discriminatória, que não leva em consideração a reivindicação de aumento real de 10% no salário básico.
Além de irrisória, a proposta econômica é uma grande enganação, pois nem mesmo sob a lógica de remuneração variável pode ser considerada aceitável. Em relação ao abono, repete os mesmos valores do acordo fechado em 2010. A Petrobrás oferece como proposta GANHO REAL ZERO NO SALÁRIO BÁSICO. Para piorar, ainda afirma que o reajuste proposto na RMNR é “um dos maiores índices conquistados pelas categorias de trabalhadores do país neste ano”.
Outras categorias já mostraram que apenas com luta é possível avançar e arrancar um acordo vitorioso. Os metalúrgicos da GM de São José dos Campos, com 24 horas de greve, tiveram 10,8% de reajuste, um aumento real de 3,2% acima da inflação; os trabalhadores dos Correios tiveram R$ 80,00 de reajuste, o que significa 9% de aumento real no salário, acima da inflação do período; Os bancários tiveram, apesar dos 9% de reajuste geral, um reajuste de 12% no piso, o que significa um reajuste real de 5% no piso da categoria. Esses três exemplos mostram que apenas com a greve nacional e unitária é possível avançar.
Embora durante os Governos Lula e Dilma tenham retornado por reintegração e readmissão inúmeros trabalhadores, os trabalhadores que lutam para serem anistiados lamentamos o Veto da Presidenta Dilma ao projeto de lei que reabre prazo para que os servidores públicos federais demitidos durante o governo Collor (1990-1992) apresentem requerimento de retorno ao serviço. O projeto (PLS 372/2008) já havia sido aprovado pelo Senado e havia tido sua sanção garantida pela própria presidente Dilma, durante sua candidatura à presidência da República.
Com certeza não foi para isso que a maioria dos petroleiros votaram nela para ser presidente. .
Diante do anúncio do lucro da Petrobrás, do acidente que ocorreu na Bacia de Campos, no Campo de Frade, nos Campos da Chevron a dez dias é oportuno relembrar que os trabalhadores defendem a Campanha pela defesa do “Petróleo tem que ser nosso!” que assegura ao povo brasileiro o controle sobre os investimentos oriundos dos recursos do petróleo.
As imensas reservas, hoje comprovadas deste “ouro negro” devem servir para financiar a solução dos graves problemas de educação, saúde, emprego, moradia, reforma agrária e urbana, a partir de um projeto voltado para as necessidades da população.
Os movimentos sociais e os Sindipetros subscreveram e defendem o Projeto de Lei 531/2009 que restabelece o Monopólio Estatal do Petróleo a ser exercido pela Petrobras 100% Estatal,
Rio de Janeiro, 18 de novembro de 2011
A Proposta é que esta nota seja Assinada por todas as entidades que defendem a unidade do movimento : Federação Nacional dos Petroleiros, Sindipetro’s - Rio de Janeiro, do Litoral Paulista, de São José dos Campos, de Alagoas e Sergipe do Pará/Amazonas/Maranhão/Amapa, Sindipetro Bahia e Sindipetro Rio Grande do Norte