Quem é, hoje, o RH da PETROBRÁS? Um amigo meu, já falecido, dizia que “o mais perigoso dos militantes é o que passa para o outro lado”. Nada tenho contra militantes sindicais ocuparem cargos em empresas estatais. Foi para isso que, juntos, fizemos campanha para LULA e Dilma. Para tomarmos e mantermos as empresas sobre o controle do estado, com gente comprometida na administração. Mas reconhecer que mudou o discurso de quando era militante, “do lado de cá” é muito triste. Em troca de que? Prestígio? Dinheiro? Joga-se uma vida inteira pelo ralo? É muito pouco. Verificar que a prática de RH, no geral, é a mesma de antes (em alguns casos, até pior) me dói muito. Acredito que, no fundo, já havia uma tendência de agir dessa maneira. Faltava a oportunidade.
Abraham Lincoln, disse exatamente assim: "Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder."
Portanto, a atual política de RH da PETROBRÁS não é a que historicamente esperávamos. Queríamos “moleza”? Não! Somente caráter e honestidade. Lisura. Mudança de paradigmas. Enfim, mostrar que com o PT “seria diferente”. Chega-se ao cúmulo de respaldar assédio moral nas bases, conforme várias denuncias. O RH limita-se a “cumprir a política da empresa”. Os anistiados voltam com: salários defasados; sem anotações na carteira exigidas por lei; voltam como se fosse um favor que a empresa faz. Propôs o PL/DL sem retroagir à data de admissão (que deveria ser readmissão). Isso para não falar da discriminação em relação aos aposentados e ao engano que foi a repactuação.
Hoje, sabemos quem realmente faz a política de RH da PETROBRÁS. E, só temos a lamentar!
Paulo Morani
Rio de Janeiro