"Por primeiro, há de se ter em conta que uma Lei de Anistia como a ora analisada tem POR NATUREZA a REPARAÇÃODE UMA INJUSTIÇA e não a concessão de uma graça ou perdão. Ou seja, NÃO SE TRATA de uma boa vontade ou de UM FAVOR feito pelo Estado, mas sim do RECONHECIMENTO DE UM ERRO, DE UMA INJUSTIÇA PRATICADA."
Dr. José Dias Tofolli

Atual MINISTRO DO STF
Em despacho sobre o parecer da AGU

ANISTIA

#Governo do PT! Reconstruindo o Brasil!!

DEFERIMENTO de Norma Regina da Porciúncula

Diário Oficial da União Publicado em: 14/11/2024 | Edição: 221 | Seção: 2 | Página: 40 Órgão: Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos/Gabinete da Ministra PORTARIA GM/MGI Nº 8.799, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2024 A MINISTRA DE ESTADO DA GESTÃO E DA INOVAÇÃO EM SERVIÇOS PÚBLICOS, no uso das atribuições que lhe foram conferidas pelo inciso II do art. 1º do Anexo I ao Decreto nº 12.102, de 08 de julho de 2024, em conformidade com o disposto na Lei nº 8.878, de 11 de maio de 1994, no Decreto nº 6.077, de 10 de abril de 2007, no Decreto nº 9.261, de 8 de janeiro de 2018, em cumprimento a decisão judicial nº 0057075-31.2011.4.01.3400 e considerando o que consta do Processo Administrativo nº 00745.013704/2022-52, resolve: Art. 1º Deferir o retorno ao serviço de Norma Regina da Porciúncula, anistiada com fundamento na Lei nº 8.878, de 11 de maio de 1994, no Ministério da Fazenda no Estado do Rio Grande do Sul-RS, sob o regime celetista. Art. 2º Cabe ao Ministério da Fazenda, notificar a empregada anistiada para, no prazo de 30 dias, apresentar-se ao serviço. Parágrafo único. O não comparecimento da empregada anistiada no prazo mencionado no caput implicará renúncia ao direito de retornar ao serviço. Art. 3º Os efeitos financeiros do retorno ao serviço dar-se-ão a partir da data de efetivo exercício. Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação. ESTHER DWECK Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.

30 de jun. de 2023

Balanço dos GTs PETROBRÁS

Balanço dos GTs: Petrobrás apresenta ações e anuncia suspensão temporária do saldo devedor da AMS

 

Foto Paulo Neves /FUP

Conquistas são decorrentes da retomada e fortalecimento do processo negocial com a Petrobrás, após um longo período de esvaziamento dos fóruns de interlocução. No entanto, ainda há muito o que avançar na retomada de direitos perdidos e atacados durante os governos Temer e Bolsonaro

[Da imprensa da FUP]

Em reunião com a FUP e seus sindicatos nesta quarta-feira, 28, os gestores de RH da Petrobrás apresentaram um balanço preliminar dos Grupos de Trabalho Paritários, implementados no início de maio, como reivindicação da FUP para buscar soluções negociadas para diversas demandas da categoria petroleira.

Desde então, foram realizadas mais de 20 reuniões remotas e em formato híbrido, que trataram de temas como AMS, Petros, SMS e saúde mental, efetivos e transferências, remuneração variável e plano de cargos e salários, teletrabalho, terceirização, planejamento estratégico do Sistema Petrobrás, anistia de trabalhadores demitidos arbitrariamente, respeito às diversidades e combate às opressões, além de pendências do ACT (banco de horas, HETT, tabelas de turno).

A Petrobrás apresentou as principais ações que já foram encaminhadas, decorrentes das cobranças da FUP nos GTs, e outras que precisam de maior debate com as representações sindicais e instâncias superiores de gestão da empresa.

Suspensão dos descontos abusivos da AMS

Durante a reunião, o RH anunciou o atendimento de uma das principais cobranças da FUP: a suspensão por 90 dias dos descontos do saldo devedor da AMS, enquanto o GT segue discutindo uma solução definitiva para esse problema.

A FUP tornou a frisar que é prioridade absoluta acabar com todos os descontos abusivos da AMS e garantir uma relação de custeio justa e o resgate da qualidade da saúde suplementar da categoria petroleira.

Neste sentido, foi novamente reforçada pelas representações sindicais a urgência da criação de um GT específico para discutir o modelo de gestão da AMS. A FUP também propôs a suspensão da eleição dos conselheiros da APS, até a conclusão desse GT, ressaltando que o mandato atual termina em dezembro de 2023. A Petrobrás se comprometeu com a criação do GT para discutir o modelo de gestão da saúde complementar, porém informou que essa é uma ação a ser definida mais adiante.

FUP reforça urgência do fim do bate-e-volta dos transferidos

Outro ponto bastante enfatizado pelas representações sindicais é a urgência da empresa acabar com os deslocamentos desnecessários dos empregados em teletrabalho que foram transferidos compulsoriamente de seus estados, o chamado bate-e-volta. A FUP apresentou propostas nos GTs de Teletrabalho e de Efetivos e Transferências que já poderiam ter sido atendidas pela gestão: o trabalho remoto em tempo integral ou a limitação da jornada presencial a uma semana no mês, com a possibilidade do empregado se apresentar na unidade mais próxima de sua residência, seja ela da Petrobrás ou de uma subsidiária.

Os dirigentes da FUP e dos sindicatos destacaram a importância dos avanços decorrentes da retomada e fortalecimento do processo negocial com a Petrobrás, após um longo período de esvaziamento dos fóruns de interlocução com a empresa durante os governos Temer e Bolsonaro.

A FUP, no entanto, ressaltou que ainda há muito o que avançar no resgate dos direitos da categoria e pontuou uma série de demandas que precisam ser priorizadas, tanto nos fóruns de negociação permanente, quanto na campanha reivindicatória, após a aprovação da pauta da categoria, que já está sendo debatida nos congressos estaduais e será deliberada no 19º CONFUP, entre os dias 03 e 06 de agosto.

Balanço parcial dos GTs apresentado pela Petrobrás:

Planejamento estratégico

Fim do PPI e discussão de um novo modelo de reajuste dos preços dos combustíveis, com contribuições da FUP e do INEEP.

Reabertura das sedes administrativas da Petrobrás em Natal e Salvador.

Criação do GT de Vocações Regionais Brasileiras para avaliar retomada dos investimentos da Petrobrás nos estados. Será agendada uma reunião para ouvir as propostas dos sindicatos.

Fortalecimento da Universidade Petrobras, com contribuições de propostas apresentadas pela FUP.

Encaminhamento de contribuições da FUP para a área de energia renovável.

AMS e Petros

Suspensão por 90 dias dos descontos do saldo devedor da AMS

Criação de um GT paritário, com participação de representantes da FUP, FNP e CONTTMAF (trabalhadores marítimos), para discutir conjuntamente a busca de soluções para os equacionamentos da Petros e a garantia de um modelo atuarial sustentável para os PPSPs

Renegociar durante a campanha reivindicatória a relação de custeio, índice de reajuste e margem consignável da AMS

Sinalização para a PBio e a Termobahia absorverem o custo com o equacionamento da AMS referente a 2021

Redução de custos e prazos de reembolso do Benefício Farmácia

Avaliar a curto prazo a cobertura da AMS para medicamentos com canabidiol

Compromisso em instalar futuramente um GT para discutir a gestão da AMS/APS

Efetivo e transferências

Suspensão das transferências compulsórias

Garantia do teletrabalho integral para empregados do Torre Pituba e do Polo Potiguar (inclusive bases operacionais, até as movimentações).

Revisão do Plano de Pessoal para reduzir os impactos sobre os trabalhadores deslocados em decorrência das privatizações (Rlam, Six, Carmópolis e Reman)

Revisão das vantagens dos trabalhadores impactados pelas transferências

Estudo para convocação de novos concursos públicos e compromisso de não realização de novos PDVs

Retomada do programa de estágio

Discutir no âmbito do ACT a realização do Fórum de Efetivos

A FUP tornou a cobrar o fim do bate-e-volta dos empregados em teletrabalho que foram transferidos compulsoriamente de seus estados. As representações sindicais apresentaram no GT propostas que já poderiam ter sido atendidas pela empresa: o trabalho remoto em tempo integral ou a limitação da jornada presencial a uma semana no mês, com a possibilidade do empregado se apresentar na unidade mais próxima de sua residência, seja ela da Petrobrás ou de uma subsidiária.

Teletrabalho

Garantia do teletrabalho integral para trabalhadores PCDs e responsáveis por PCDs inscritos no PAE

Teletrabalho integral para empregados em situação crítica de saúde

Assegurar no ACT o compromisso com a regulamentação do teletrabalho

Garantia do teletrabalho integral para empregados do Torre Pituba e do Polo Potiguar (inclusive bases operacionais, até as movimentações)

Terceirização

Garantir nos novos contratos com as empresas terceirizadas a exigência de planos de assistência médica e odontológica não só para os trabalhadores, como também para os seus dependentes

Padronização das informações sobre periculosidade para as empresas contratadas

Garantir nos contratos uma referência para salários, benefícios (vales refeição/alimentação) e acordo coletivo

Utilização dos refeitórios da Transpetro para os trabalhadores terceirizados

Negociar no ACT a volta do fundo garantidor

Discutir a longo prazo um acordo nacional tripartite para trabalhadores terceirizados que atuam nas paradas de manutenção das refinarias

Diversidade e inclusão

Participação da FUP no GT da Petrobrás que discutiu o combate aos assédios sexuais na empresa

Participação da FUP na discussão de um plano de acessibilidade nas unidades do Sistema Petrobrás

Implementação de uma Cartilha de Direitos Humanos com diretrizes para a gestão e os empregados

Compromisso em aumentar a curto prazo o fornecimento de uniformes e EPIs femininos nas unidades

Estabelecimento a curto prazo de um Fórum com as entidades sindicais para discutir ações de combate à violência sexual

Implementação a curto prazo de ações de promoção da saúde de trabalhadores LGBTQIA+

Apresentação e discussão com as representações sindicais das propostas elaboradas pelo GT de Equidade Racial da Petrobrás

Retomar o assento das entidades sindicais no Comitê de Diversidade da Petrobrás

Avaliar a expansão e cobertura da AMS para processos de transição de gênero

Discutir no âmbito do ACT uma cláusula sobre combate à violência sexual e referenciar no Acordo Coletivo diretrizes para a política de diversidade da Petrobrás

SMS e saúde mental

Implementação do projeto Escuta Sentinela para acolhimento, tratamento e prevenção da saúde mental na Petrobrás. Foram mapeados inicialmente 430 trabalhadores em situação crítica e outros 800 que estão em acompanhamento. A FUP tem cobrado que as ações de saúde mental sejam pensadas também para atender aos aposentados.

Garantia do teletrabalho integral para trabalhadores com casos críticos de saúde física e mental

Subsidiárias irão implementar o Programa de Saúde Mental e o Comitê Multigerencial para tratamento dos casos críticos

Realização de ações a curto prazo para aumentar a segurança no transporte dos trabalhadores

Compromisso da Petrobrás em garantir no ACT o cumprimento da Norma Técnica 2691, restabelecendo todos os exames médicos ocupacionais que eram realizados antes do desmonte da Norma.

Negociação no âmbito do ACT da reformulação e ampliação dos programas de saúde mental e de alimentação saudável, duas questões que a FUP e seus sindicatos vêm cobrando insistentemente no GT.

Remuneração variável e plano de cargos e salários

Abertura da negociação com as entidades sindicais de um novo acordo de PLR

Pagamento do abono para complementar a PLR 2022 dos trabalhadores da Transpetro que atingiram 100% dos indicadores

Criação de um GT específico para discutir o pleito da FUP de pagamento da PLR 2019

Compromisso da Petrobrás em apresentar a curto prazo uma proposta para aumento do percentual da verba destinada ao avanço por mérito dos trabalhadores inscritos no PCAC. A FUP cobra a isonomia em relação ao PCR, no que diz respeito ao avanço de nível e promoção.

Apresentação a curto prazo de uma alternativa que inclua os trabalhadores licenciados nos programas de avanço de nível e PLR

Compromisso da empresa em reformular os programas de remuneração variável, valorizando a PLR e reformulando outros programas complementares

Criação de um GT para discutir a construção de um único plano de cargos para todos os trabalhadores do Sistema Petrobrás.

Anistia e relacionamento sindical

Revisão do padrão estabelecido pela gestão anterior da Petrobrás que impedia o acesso dos dirigentes sindicais às unidades operacionais e administrativas

Participação das entidades sindicais na recepção dos novos trabalhadores que ingressam na empresa

Elaboração a curto prazo de um pacto de boas práticas sindicais, em discussão com a FUP

Discussão com o MME de proposta para criação de uma Comissão Tripartite de Anistia (governo federal, Petrobras e representações sindicais) para discutir o retorno dos trabalhadores que foram legalmente anistiados

Compromisso da Petrobrás de avaliar a reintegração de trabalhadores demitidos em decorrência de ações antissindicais e perseguições políticas, que tenham ações judiciais em curso

Negociação no âmbito do ACT de uma cláusula que garanta a proteção de dados dos trabalhadores (LGPD)

A FUP vem buscando o estabelecimento de uma comissão ou estrutura interna para dar tratamento aos casos de trabalhadores que pleiteiam a anistia (antigos e novos), além da criação de uma nova cláusula de anistia no ACT.

Banco de Horas/HETT/Tabelas e troca de turno

Garantia do pagamento das horas extras de desembarque (urgência aérea offshore) e das horas extras de parada de manutenção

Ações a curto prazo: alteração da minuta do acordo das tabelas de turno, TIR administrativo (1×1), pagamento do descanso semanal remunerado (BH e HETT), análise do saldo HC, escala de embarque, interjornada, voltar a ter média do tempo de troca de turnos, análise do saldo AF

Negociar no ACT a revisão do banco de horas e o “dia de desembarque” (auxílio deslocamento)

INSS reconhece direito de anistiados à contagem de tempo para aposentadoria

Os interessados também podem procurar a assessoria jurídica de seus sindicatos locais para as providências cabíveis com relação ao protocolo e acompanhamento administrativo dos casos ICondsef/Fenadsef Decisão da 10ª Junta do Conselho de Recursos da Previdência Social reconheceu o direito de servidores e empregados públicos anistiados e reintegrados pela Lei 8.878/94, à computação do tempo de afastamento para fins de aposentadoria. A deliberação facilita o processo de solicitação de contabilização do tempo de afastamento, tendo em vista que o INSS alegava até o momento falta de amparo legal. Com a decisão, o servidor e o empregado público reintegrados podem comparecer ao INSS com a seguinte documentação: 1. Requerimento administrativo preenchido pelo interessado; 2. Cópia do RG e CPF; 3. CTPS com data de demissão e retorno ao serviço público; 4. Declaração do órgão se ainda na ativa ou portaria de retorno ao serviço público; 5. Número do NIT (PIS/PASEP); 6. Cópia das decisões dos processos nº 44233.465070/2018-89 e 44232.268224/2014-72. Os interessados também podem procurar a assessoria jurídica de seus sindicatos locais para as providências cabíveis com relação ao protocolo e acompanhamento administrativo dos casos. Entenda Entre os anos de 1990 e 1992, o presidente Fernando Collor de Mello demitiu em todo o País cerca de 120 mil empregados e servidores públicos. Desde então, as entidades sindicais vêm lutando para reintegrar os demitidos ao serviço público. A primeira conquista veio em 1994, quando Condsef/Fenadsef, CUT e sindicatos locais conseguiram, no Governo de Itamar Franco, a publicação da Lei nº 8.878 que anulou as demissões, mas atrelou o retorno ao serviço público à formulação de requerimento específico em prazo de 60 dias. Neste processo, foi concedida anistia a 42 mil trabalhadores. Em 1995, o presidente Fernando Henrique Cardoso interrompeu o processo de retorno e anulou grande parte das anistias já concedidas. Em 2004, o presidente Luís Inácio Lula da Silva, honrando um compromisso de campanha, editou os Decretos nº 5.115 e 5.215, que instituíram a Comissão Especial Interministerial (CEI) para analisar em 180 dias os atos administrativos que promoveriam a volta dos demitidos do Governo Collor ao serviço público. Com informações do Sindsep-DF