Em 1990/91 Collor de Mello (eleito pelo "povo") perpetrou a maior injustiça contra os trabalhadores, que esse país já presenciou. Nem a ditadura foi tão cirúrgica.
E digo cirúrgica pelo fato concreto de que ele escolheu a dedo o que ia fazer. Foram servidores públicos, que em sua quase totalidade fizeram campanha para LULA, e empresas estatais que eram nichos de um novo partido que surgia com força total naquele momento.
É só pegar a relação das empresas. Agora mesmo um dos anistiados escreveu que "a CONAB é relatada como "extinta" e ainda existe". Esse é o exemplo do disparate que ele causou. Foi cirúrgico no conteúdo, escolhendo funcionários públicos e estatais representativas, e na forma.
Demissão em massa nas empresa a serem privatizadas. Ofertas mirabolantes de PDVs, com canto da sereia para os trabalhadores, acenando com "sua própria empresa". Extinção de empresas superavitárias, que traziam riquezas para o Brasil, para entregar ao capital nacional e internacional as sua atividades.
São muitas as histórias dessas anistias. Muitos morreram pelo caminho. Alguns se suicidaram. Outros caíram na sarjeta, até.
Mas, dizem o sábios, a história é escrita pelos vencedores. E nós, na luta por nosso retorno AO TRABALHO temos dado demonstração de persistência, perseverança e força na alma. Típico de vencedores.
Àqueles que começaram essa luta, logo que foram demitidos, ainda no governo Collor, a minha homenagem e o meu agradecimento. Somente Itamar começou o resgate. Mas FHC (não esqueçamos isso) consolidou as injustiças, cassando as anistias e dando continuidade ao processo de "enxugamento" e privatização do estado brasileiro.
Felizmente, a partir de 2002, conseguimos reescrever a nossa história. E como vencedores estamos escrevendo, capítulo por capítulo.
Ontem, dia 14 de junho de 2013, eu tomei conhecimento que mais um combatente tombou. PEDRO SIMÕES, anistiado dia 8 de maio, junto comigo, faleceu tragicamente, sem poder usufruir de sua anistia. Pior, sua viúva, por força da Lei 8.878/94, para obter pensão, terá que entrar na justiça.
São ainda falhas existente nesse processo. A lei que nos beneficia, foi assinada para resolver (e resolveu) as demissões imediatamente. Mas FHC ao entrar, suspendeu as anistias e a Lei ficou "caduca" nesse sentido.
Por isso não podemos desistir. Temos ainda muita coisa a realizar. E cabe a nós fazer com que essa injustiça seja varrida de nossa história, que repito, é escrita pelos vencedores.
Nós somos os vencedores!
Em memória de todos os que tombaram a nossa homenagem!
PEDRO SIMÕES! PRESENTE!
Paulo Morani