"Por primeiro, há de se ter em conta que uma Lei de Anistia como a ora analisada tem POR NATUREZA a REPARAÇÃODE UMA INJUSTIÇA e não a concessão de uma graça ou perdão. Ou seja, NÃO SE TRATA de uma boa vontade ou de UM FAVOR feito pelo Estado, mas sim do RECONHECIMENTO DE UM ERRO, DE UMA INJUSTIÇA PRATICADA."
Dr. José Dias Tofolli

Atual MINISTRO DO STF
Em despacho sobre o parecer da AGU

ANISTIA

#Governo do PT! Reconstruindo o Brasil!!

24 de out. de 2012

É preciso acabar com chefe babaca!


Os chefes descontrolados dão prejuízo às empresas, diz o professor da Universidade. Qualquer coincidência com os gerentes do Sistema Petrobras não é mera coincidência.
O Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro há muito tempo luta para construir uma gestão da PETROBRÁS mais democrática, respeitosa e participativa. Agora a publicação do estudo do professor estadunidense da Universidade de Stanford comprova a tese da direção do sindicato que chefias arrogantes, autoritários, truculentos, mal-educados "diminuem a capacidade das equipes de inovar, não sabem manter os talentos e ainda podem levar as organizações a pagar indenizações por processos de assédio moral".
Leia abaixo a matéria completa escrita por Maria Laura Neves e publicada na Revista Época:
O professor Robert Sutton, (FOTO) de 53 Anos, da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, não tem pudor de dizer claramente o que pensa. Mesmo que precise usar palavrões para se fazer entender. Uma prova disso é o título que escolheu para seu novo livro - The no Asshole Rule (A Regra de não Aceitar Babacas), lançado no mercado americano em fevereiro e ainda não disponível no país. No livro, Sutton mostra da forma mais direta possível o que devemos fazer para sobreviver num ambiente de trabalho dirigido por chefes brutais.
Segundo ele, os babacas custam caro às empresas. Diminuem a capacidade das equipes de inovar, não sabem manter os talentos e ainda podem levar as organizações a pagar indenizações por processos de assédio moral. Para sobreviver a chefes assim, ele recomenda distanciamento emocional e o cultivo da indiferença.

Por causa do uso da palavra "asshole", da qual Sutton não quis abrir mão, a Harvard Business School Press, editora ligada à tradicional escola de administração da Universidade Harvard, recusou-se a publicar o livro. Lançado pela Warner Busines s Books, tornou-se rapidamente um best-seller no mercado americano. Em junho, o livro será lançado no Brasil pela editora Campus-Elsevier, que optou por adotar o título Chega de Babaquice!

. Ele diz que as pessoas costumam buscar sinônimos: arrogantes, autoritários, truculentos, mal-educados. Mas afirma que a palavra babaca é a única que exprime exatamente o conceito que eu queria transmitir.

ROBERT SUTTON

• FORMAÇÃO
É ph.D. em Psicologia Organizacional pela Universidade de Michigan e professor de Administração do departamento de engenharia da Universidade Stanford, ambas nos Estados Unidos

• ATUAÇÃO PROFISSIONAL
É palestrante e consultor de empresas como General Motors, IBM, Pepsi e Xerox

• VIDA PESSOAL
Nasceu em Chicago, em 1954. É casado e pai de três filhos. Atualmente mora em Menlo Park, uma pequena cidade localizada na Califórnia


ÉPOCA - Por que o senhor decidiu colocar a palavra babaca no título?
Robert Sutton: (Risos.) Primeiro, porque chama a atenção. Depois, porque todo mundo sabe seu significado. Todo mundo trabalha ou trabalhou com um babaca no escritório. Além disso, é uma palavra que não tem sinônimo. Quando encontro uma pessoa grosseira, que humilha os outros, um tirano, logo penso: que babaca! É uma palavra precisa para definir pessoas que costumam destruir os colegas de trabalho. Nas empresas, os funcionários costumam usar termos mais educados. Dizem que os babacas são arrogantes, autoritários, truculentos, mal-educados. Mas isso é pouco. A palavra babaca é a única que exprime exatamente o conceito que eu queria transmitir.

ÉPOCA - E o que é, exatamente, um babaca?
Sutton: É aquela pessoa que grita, humilha os subordinados, diz que o que o funcionário faz sempre é ruim ou está errado. Geralmente, faz isso na frente dos outros. Outra atitude comum dos babacas é ignorar a presença dos subordinados. Passa por eles e não os cumprimenta. Simplesmente finge que eles não existem. É aquela pessoa que humilha os outros com freqüência. Faz com que as pessoas se sintam oprimidas e sem energia. São intimidadores e, às vezes, não precisam usar as palavras para intimidar. Fazem isso apenas com olhares e atitudes. É diferente da pessoa que está num dia ruim e tem um acesso de raiva. O babaca tem essas atitudes com freqüência. Eles costumam ocupar cargos de chefia e exercitam a crueldade com subordinados. É muito difícil encontrar um babaca que não tenha poder.

ÉPOCA - Sua tese reforça a idéia de que, quanto mais babaca a pessoa é, mais facilidade ela tem de ter sucesso na carreira...
Sutton: - Existem alguns mitos em torno dos babacas. Por eles serem estúpidos com as outras pessoas, passam a imagem de que têm autoridade, competência. Segundo alguns estudos realizados nos Estados Unidos, a agressividade é, muitas vezes, entendida como sinal de competência. Mas os babacas são ruins para as empresas. Fazem mal aos outros funcionários, a eles próprios e ao negócio.
ÉPOCA - Como eles fazem isso?
Sutton: Tiram energia e motivação dos times que comandam. Seus funcionários ficam doentes, estressados e deprimidos. Fazem mal a si mesmos porque, em geral, sofrem retrocessos na carreira e humilhações. Além disso, os babacas aumentam a taxa de absenteísmo, distração, dispersão e a rotatividade de funcionários. Isso se reflete no resultado. Desmotivados, os funcionários também deixam de ter idéias, de inovar e de ser criativos. Os babacas ainda trazem custos legais para as empresas. Em países como o Reino Unido, os funcionários estão entrando com processos na Justiça contra as empresas. Eles alegam ter sofrido humilhação no trabalho. E as indenizações que recebem são altas.
ÉPOCA: Mas os babacas são tão antigos quanto a humanidade. Por que agora se deseja exterminá-los das empresas?
Sutton: Hoje, o diferencial competitivo são as pessoas. As empresas estão brigando muito para ter e manter as melhores pessoas. Quando as melhores pessoas encontram babacas na chefia, mudam de emprego. As empresas não podem deixar seus funcionários agir como bem entenderem, se quiserem manter seus talentos. Precisam deles para competir no mercado. Nunca o capital humano foi tão valorizado como nos dias de hoje.
ÉPOCA - O senhor acredita que as pessoas nascem babacas ou se tornam babacas ao longo da vida?
Sutton - Existem fatores biológicos no comportamento de um babaca. Todo mundo conhece histórias de crianças que são babaquinhas quando ainda estão na escola. Mas o ambiente pode estimular esse tipo de comportamento. Nas empresas, as pessoas costumam imitar o comportamento do líder. Se o líder da empresa é um babaca e, ao mesmo tempo, é um modelo, uma referência de sucesso, as pessoas vão começar a agir como ele. Nos Estados Unidos, somos adeptos do clichê de que ganhar é o que importa e o segundo lugar é dos perdedores. E, quanto mais a pessoa ganha, mais nojenta ela pode ser. Nesses casos, a babaquice é tolerada. As pessoas costumam dizer: nossa, ele é extraordinário, isso justifica a babaquice. Por isso, quanto maior for a obsessão por resultados numa empresa, mais ela estimula comportamentos babacas.
ÉPOCA: O senhor pode dar um exemplo de uma empresa de sucesso que não estimule a babaquice?
Sutton: Existem várias. O Google é uma delas. Shona Brown, a vice-presidente de operações e negócios do Google, me contou a respeito de uma regra que é estabelecida na empresa: é proibido ser mau. Ela diz que no Google é simplesmente ineficiente ser um babaca . Pessoas que têm esse comportamento não são promovidas e têm problemas nas avaliações de desempenho. É claro que existem babacas no Google, mas eles não são valorizados pela empresa. Ann Rhoades, que fundou o departamento de recursos hum anos da JetBlue Airlines (empresa de aviação americana), me disse que se comportar como um babaca com funcionários, clientes e fornecedores era a principal razão das demissões durante o primeiro ano de empresa. Lá, como no Google, as atitudes eram levadas em conta na avaliação dos funcionários. Ann também trabalhou na Southwest Airlines. Ela dizia que na Southwest sempre foi claro que as pessoas são contratadas e demitidas por suas atitudes. As empresas que querem diminuir a incidência de babacas em seus quadros devem incluir em suas avaliações de desempenho o tratamento que o funcionário dá aos colegas, clientes e fornecedores.
ÉPOCA - Qual a melhor maneira de lidar com um chefe babaca?
Sutton: Ficar longe dele. Mudar de emprego é o melhor caminho. Nem sempre isso é possível. Para suportar um babaca, a primeira coisa que as pessoas devem fazer é mudar a maneira como vêem o trabalho. A principal reação de quem tem um chefe babaca é se colocar no papel de vítima. As pessoas reclamam, ficam pessimistas. Isso é ruim. Estudos mostram que a melhor maneira de amenizar o impacto dos babacas é trocar de perspectiva. Somos muito mais capazes de tolerar os abusos quando encaramos a situação como temporária. É preciso ser um pouco otimista e ao mesmo tempo estar preparado para o pior. As pessoas também não devem depositar a mesma energia que depositam quando as coisas vão bem no trabalho. Por que têm de colocar suas emoções num trabalho que só tira energia delas? A melhor maneira de agir nesse momento, e esse é o meu conselho predileto para quem está nessa situação, é agir com distanciamento emocional e com indiferença. Outro ponto importante é valorizar pequenas vitórias. Isso pode trazer forças e ajuda a combater a sensação de abandono. Diminuir a exposição também pode ajudar. As pessoas só devem falar com os babacas quando for realmente necessário. Devem procurar marcar reuniões curtas e em particular. Formar uma rede de vítimas desses babacas, compartilhar as histórias, também ajuda. É uma forma de ter apoio emocional.
ÉPOCA: Em seu livro, o senhor diz que Steve Jobs, fundador da Apple, é um babaca notório. Por quê? (ele ainda estava vivo)
Sutton: O Steve Jobs tem fases em que age como um babaca. Ele não é sempre babaca. Em 2003, por exemplo, a revista Wired reuniu 1.300 ex-funcionários da Apple. O principal assunto eram as broncas e os acessos de raiva de Jobs. Uma funcionária disse que cada um tem a própria história de babaquice de Jobs. Um ex-executivo da Apple me contou sobre um desses acessos de raiva. Ele me disse que uma vez Jobs começou a gritar, chorar e fazer ameaças porque a cor das vans de uma de suas empresas não era exatamente a que ele tinha pedido. Outra história que ouvi é que uma vez Jobs ligou para Adam Osborne, então CEO da rival Osborne Computer Corp. A secretária de Osborne atendeu e disse que ele não estava. Perguntou se Jobs queria deixar um recado. Ele disse: "Sim, quero. Diga a Osborne que ele é um babaca. E mais uma coisa. Ouvi dizer que Osborne tem curiosidade pelos Macintoshs (linha de microcomputadores fabricada pela Apple). Diga a ele que os Macintoshs são tão bons que é provável que ele compre alguns para os filhos dele assim que tirar sua empresa do mercado". Mas há também quem diga que Jobs não é babaca.
ÉPOCA - Os babacas não têm qualidades?
Sutton: Eu não gosto de falar isso, mas preciso reconhecer que eles têm alguns pontos positivos. São bons competidores, sabem brigar e intimidar inimigos, extrair resultados de equipes de baixo desempenho.
ÉPOCA - Você é um babaca?
Sutton: O quê? Eu? (risos) Às vezes. Acho que já fui um babaca algumas vezes em minha vida. Todos estamos sujeitos a ser babacas de vez em quando.
ÉPOCA: Os babacas estão em todos os lugares. Podem ser colegas de trabalho, amigos, parentes. Podemos aplicar essas dicas de como lidar com eles em outras esferas da vida?
Sutton: Recebi muitos e-mails depois do lançamento do livro perguntando a mesma coisa. Mas não sei... Se você brigar com um chefe babaca, nunca mais terá de vê-lo na vida. Com a família, é diferente. Outro ponto é que somos obrigados a conviver com os colegas de trabalho, gostando ou não deles. Não temos a mesma obrigação com os amigos.

Fonte: MARIA LAURA NEVES / Revista Época

INSS reconhece direito de anistiados à contagem de tempo para aposentadoria

Os interessados também podem procurar a assessoria jurídica de seus sindicatos locais para as providências cabíveis com relação ao protocolo e acompanhamento administrativo dos casos ICondsef/Fenadsef Decisão da 10ª Junta do Conselho de Recursos da Previdência Social reconheceu o direito de servidores e empregados públicos anistiados e reintegrados pela Lei 8.878/94, à computação do tempo de afastamento para fins de aposentadoria. A deliberação facilita o processo de solicitação de contabilização do tempo de afastamento, tendo em vista que o INSS alegava até o momento falta de amparo legal. Com a decisão, o servidor e o empregado público reintegrados podem comparecer ao INSS com a seguinte documentação: 1. Requerimento administrativo preenchido pelo interessado; 2. Cópia do RG e CPF; 3. CTPS com data de demissão e retorno ao serviço público; 4. Declaração do órgão se ainda na ativa ou portaria de retorno ao serviço público; 5. Número do NIT (PIS/PASEP); 6. Cópia das decisões dos processos nº 44233.465070/2018-89 e 44232.268224/2014-72. Os interessados também podem procurar a assessoria jurídica de seus sindicatos locais para as providências cabíveis com relação ao protocolo e acompanhamento administrativo dos casos. Entenda Entre os anos de 1990 e 1992, o presidente Fernando Collor de Mello demitiu em todo o País cerca de 120 mil empregados e servidores públicos. Desde então, as entidades sindicais vêm lutando para reintegrar os demitidos ao serviço público. A primeira conquista veio em 1994, quando Condsef/Fenadsef, CUT e sindicatos locais conseguiram, no Governo de Itamar Franco, a publicação da Lei nº 8.878 que anulou as demissões, mas atrelou o retorno ao serviço público à formulação de requerimento específico em prazo de 60 dias. Neste processo, foi concedida anistia a 42 mil trabalhadores. Em 1995, o presidente Fernando Henrique Cardoso interrompeu o processo de retorno e anulou grande parte das anistias já concedidas. Em 2004, o presidente Luís Inácio Lula da Silva, honrando um compromisso de campanha, editou os Decretos nº 5.115 e 5.215, que instituíram a Comissão Especial Interministerial (CEI) para analisar em 180 dias os atos administrativos que promoveriam a volta dos demitidos do Governo Collor ao serviço público. Com informações do Sindsep-DF