"Por primeiro, há de se ter em conta que uma Lei de Anistia como a ora analisada tem POR NATUREZA a REPARAÇÃODE UMA INJUSTIÇA e não a concessão de uma graça ou perdão. Ou seja, NÃO SE TRATA de uma boa vontade ou de UM FAVOR feito pelo Estado, mas sim do RECONHECIMENTO DE UM ERRO, DE UMA INJUSTIÇA PRATICADA."
Dr. José Dias Tofolli

Atual MINISTRO DO STF
Em despacho sobre o parecer da AGU

ANISTIA

#Governo do PT! Reconstruindo o Brasil!!

11 de mar. de 2011

Uma sugestão inteligente!

Prezado Morani
segue abaixo artigo publicado no Globo em 7/03/2011, sobre a 
carencia de Mao de Obra em Hospitais Federais, que talvez voce
julgue interessante publicar em teu site.
Essa falta de pessoal citada no artigo, que poderá em parte 
ser suprida/complementada  por anistaidos em atividades de suporte
é certamente um argumento muito valido para  mostrar ao MPOG 
a necesidade de acelerar a emissao de Portarias. Particularmente no 
caso dos anistiados das TELES, eles poderao contribuir em funçoes como:
Auxiliar ou Assistente Administrativo, Administrador, Nutricionista, Engenheiro, 
Tecnico de manutemçao, Eletricista, Tecnico em telefonia, Pedreiro, 
Marcineiro, Pintor, Motorista, Porteiro e varias outras funçoes de suporte.
Saudaçoes Gianvico
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Terceirização ilegal ameaça hospitais universitários, 
destaca O Globo


Um longo processo de terceirização de funcionários, 
considerado ilegal  pelo Tribunal de Contas da União (TCU), 
ameaça o funcionamento de  boa parte dos 46 hospitais 
universitários federais, todos ligados ao  Ministério da 
Educação (MEC). Os hospitais têm hoje 70.373 profissionais, 
dos quais 26.500 são terceirizados, segundo estudo da Associação Nacional 
dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). 
O MEC vem sendo questionado sucessivamente pelo TCU. Em levantamento 
de 2009, o MEC reconhecia que  59,03% do total eram servidores federais 
concursados e contratados por regime jurídico único;  os demais 
trabalhavam pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), sendo 
terceirizados, autônomos ou cedidos por outros órgãos.
Responsáveis por atendimento de alta e média complexidade e por 
fazer transplantes,  as unidades têm sofrido com falta de pessoal e gastos 
com os terceirizados. O problema já atinge  quem precisa dos serviços: 
1.500 leitos, diz a Andifes, estão desativados. Segundo o MEC, em 2009, 
havia 10.277 leitos ativos e 1.188 fechados.
"O maior problema da rede é de recursos humanos, crise que se arrasta 

há duas décadas.  Os hospitais, que são escolas, não conseguem formar 
quadros e contratam profissionais  de modo ilegal, repassando verba 
do SUS às fundações, que deveria ser para manutenção e  compra 
de insumos”, diz Natalino Salgado Filho, presidente da Comissão de 
Hospitais Universitários da Andifes e reitor da Universidade Federal
do Maranhão. Para solucionar o problema, o TCU havia determinado 
no acórdão 1520/2006 que o pessoal  terceirizado fosse substituído até 
dezembro de 2010, dando quatro anos para a mudança. Mas, quase 
no apagar das luzes do governo Lula, foi publicada no Diário Oficial 
da União a medida  provisória que cria a Empresa Brasileira de Serviços 
Hospitalares S.A., vinculada ao MEC e parte  do conjunto de medidas 
do Programa de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais 
(REHUF), que vai liberar este ano R$200 milhões para as unidades. 
A empresa vai permitir que os funcionários sejam contratados pela CLT, 
condicionada à aprovação em concurso público, mas a medida divide opiniões.
“A MP é uma solução jurídica e institucional mais sustentável se tiver em 

cada universidade  um conselho responsável por preservar a autonomia 
na gestão. Nosso problema é grave: para reabrir  1.500 leitos, precisaríamos 
de dez mil funcionários, sendo que o déficit é maior na área de saúde”, 
diz Natalino Salgado.
O Hospital São Paulo (HSP), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp),

que lidera o ranking  de hospitais universitários mais eficientes do país, 
tem cinco mil funcionários, dos quais  apenas dois mil concursados 
e três mil contratados pela CLT, o que desagrada ao TCU. 
A contratação pela CLT foi a maneira encontrada pelo HSP para repor 
os funcionários que se  aposentavam ou morriam, já que não há concursos
gerais desde 2005. O diretor superintendente do HSP, José Roberto 
Ferraro, diz que, com a autonomia das universidades,
cada um dos 46 hospitais lidou com o problema de falta de pessoal do
modo que achou mais adequado. Como o HSP decidiu contratar pela CLT, 
preenchendo as vagas que surgiram, diz, nenhum serviço foi interrompido.
No Fundão, déficit de 914 profissionais
O Hospital Universitário de Brasília (HUB) enfrenta dívida de R$6,5 milhões 

- em boa parte com fornecedores. Hoje, só atende dois grupos de 
pacientes na ala emergencial: crianças e grávidas. 
Adultos que precisam de atendimento de urgência não podem recorrer ao centro.
Nas últimas décadas, só foram realizados dois concursos: em 2002, 

quando foram admitidos  cem novos funcionários, e em 2006, quando menos 
de 30 pessoas entraram. Hoje, quase metade  do quadro de servidores do 
hospital é terceirizada, o que, segundo o diretor do HUB, Gustavo Romero, 
tem sido o centro dos problemas financeiros: "A gente não tem recursos 
para trocar os equipamentos  obsoletos, principalmente os mais caros. 
A gente vai se equilibrando como pode. Sempre digo  que é meio 
miraculosa a maneira como o HUB sobrevive". Com capacidade para 
trabalhar com 307 leitos de internação, o HUB só tem, no momento, 
228 funcionando. Segundo o diretor do HUB, há 740 concursados. 
Outros 623 trabalham com  contratos de prestação de serviço.
No hospital da Universidade Federal do Maranhão, 60% do quadro 

são contratados pela Fundação Josué Montelo. O hospital nunca fez 
concurso desde que a UFMA assumiu sua gestão em 1991, e  corre o 
risco de fechar as portas caso a MP não seja aprovada criando regras 
claras para a  substituição dos contratados de maneira gradual.
O diretor, Vinicius Nina, lembra que até 2013 não haverá mais ninguém 

do quadro original do  hospital: “Muitos dos serviços que prestamos 
estão no limite”. A reposição dos contratados por concurso é uma 
determinação do TCU que o hospital tentou  cumprir em 2010, 
quando programou concurso para 1.225 vagas. Mas foi impedido, 
já que dependia  da aprovação do Ministério do Planejamento. 
Com 576 leitos, o HU é o único hospital público no Maranhão 
de alta complexidade e considerado o terceiro no ranking dos hospitais 
universitários no país, destacando-se em cirurgia do coração e 
transplantes de córnea e rins. Tem as únicas dez UTIs pediátricas 
do estado.
Em 2010, foram realizadas 6.689 consultas e 7.055 cirurgias. 

Reitor da Universidade do  Maranhão, Natalino Salgado diz que 
o governo não reconhece que essa e as outras 45 unidades da 
rede funcionam "dentro da ilegalidade":
Esses hospitais têm dívida de R$400 milhões com fornecedores e 

com processos trabalhistas. No Rio, há dez hospitais universitários 
federais. No maior, o Clementino Fraga Filho, o Hospital 
do Fundão, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 
trabalham 2.249 efetivos e 914  terceirizados. O déficit de pessoal 
é de 914 pessoas. Dos 500 leitos, 135 estão desativados. Segundo 
a assessoria de imprensa, há carência de médicos e enfermeiros para
que emergência, terapia  intensiva e anestesiologia possam crescer, 
além de setores que hoje não têm condições parciais 
ou totais de operação, como as unidades de transplante de medula 
óssea e intensiva neurocirúrgica e hemoterapia.
No Hospital Gaffrée e Guinle, da Universidade Federal do Estado 

do Rio de Janeiro (UniRio), a falta de profissionais prejudica o 
atendimento. Única responsável por tratar crianças com HIV 
no ambulatório do hospital, a imunologista Norma Rubini conta:
“Quando saio de férias, entrego mais de uma receita aos responsáveis
e deixo meus telefones. Não é o ideal, mas o último concurso foi 
em 2003, e médicos também se aposentam e morrem. 
Temos menos a cada dia”.
Belo Horizonte

A substituição de concursados por terceirizados no Hospital das 

Clínicas da Universidade  Federal de Minas Gerais (UFMG) é 
um problema cuja solução a instituição adia desde 2002, quando 
o Tribunal de Contas da União (TCU) denunciou pela primeira vez
o uso da sua Fundação de Apoio à Pesquisa (Fundep) para fornecer 
mão de obra ao hospital. Os reitores da UFMG repetem à exaustão 
o discurso de que a demissão de terceirizados levaria ao fechamento
das unidades. No entanto, nos  últimos anos, eles pouco ou nada 
fizeram para reverter o quadro. O último concurso foi em 2003.
“A Fundep extrapola as funções de apoio à pesquisa quando decide

fornecer mão de obra a ente  público para burlar a lei, sem concurso. 
Um ou outro funcionário especializado pode vir a ser 
contratado desse modo, mas não é o que ocorre no Hospital das 
Clínicas e em outros órgãos da  Prefeitura de BH e do governo 
do estado, que também contratam pela Fundep”, diz o procurador do 
Ministério Público do Trabalho, Geraldo Emediato.
Emediato assina ação na Justiça cobrando multa de R$5 milhões 

da Fundep e da UFMG, e multa diária  de R$1 mil por cada 
terceirizado mantido pela Fundep em órgãos públicos como efetivos,
e não em pesquisa e afins. A Vara do Trabalho deu ganho de causa 
ao MP e o Tribunal Regional do Trabalho  manteve a sentença, 
retirando apenas o valor da multa global. A fundação recorre ao Tribunal 
Superior do Trabalho para não ter de demitir os terceirizados.
Hoje, cerca de 40% do quadro do Hospital das Clínicas são 

contratados pela Fundep. A assessoria  da instituição informou que 
a decisão de demitir terceirizados ainda não transitou em julgado.
Fonte: O Globo

INSS reconhece direito de anistiados à contagem de tempo para aposentadoria

Os interessados também podem procurar a assessoria jurídica de seus sindicatos locais para as providências cabíveis com relação ao protocolo e acompanhamento administrativo dos casos ICondsef/Fenadsef Decisão da 10ª Junta do Conselho de Recursos da Previdência Social reconheceu o direito de servidores e empregados públicos anistiados e reintegrados pela Lei 8.878/94, à computação do tempo de afastamento para fins de aposentadoria. A deliberação facilita o processo de solicitação de contabilização do tempo de afastamento, tendo em vista que o INSS alegava até o momento falta de amparo legal. Com a decisão, o servidor e o empregado público reintegrados podem comparecer ao INSS com a seguinte documentação: 1. Requerimento administrativo preenchido pelo interessado; 2. Cópia do RG e CPF; 3. CTPS com data de demissão e retorno ao serviço público; 4. Declaração do órgão se ainda na ativa ou portaria de retorno ao serviço público; 5. Número do NIT (PIS/PASEP); 6. Cópia das decisões dos processos nº 44233.465070/2018-89 e 44232.268224/2014-72. Os interessados também podem procurar a assessoria jurídica de seus sindicatos locais para as providências cabíveis com relação ao protocolo e acompanhamento administrativo dos casos. Entenda Entre os anos de 1990 e 1992, o presidente Fernando Collor de Mello demitiu em todo o País cerca de 120 mil empregados e servidores públicos. Desde então, as entidades sindicais vêm lutando para reintegrar os demitidos ao serviço público. A primeira conquista veio em 1994, quando Condsef/Fenadsef, CUT e sindicatos locais conseguiram, no Governo de Itamar Franco, a publicação da Lei nº 8.878 que anulou as demissões, mas atrelou o retorno ao serviço público à formulação de requerimento específico em prazo de 60 dias. Neste processo, foi concedida anistia a 42 mil trabalhadores. Em 1995, o presidente Fernando Henrique Cardoso interrompeu o processo de retorno e anulou grande parte das anistias já concedidas. Em 2004, o presidente Luís Inácio Lula da Silva, honrando um compromisso de campanha, editou os Decretos nº 5.115 e 5.215, que instituíram a Comissão Especial Interministerial (CEI) para analisar em 180 dias os atos administrativos que promoveriam a volta dos demitidos do Governo Collor ao serviço público. Com informações do Sindsep-DF