E lá vamos nós, novamente, à luta contra as privatizações e demissões covardes. Já vimos esse filme E NÓS VENCEMOS NO FINAL! Toda a solidariedade aos nossos companheiros moedeiros. Não vamos esmorecer.
O golpe está em curso. Estão destruindo todas as empresas brasileiras para que as estrangeiras entrem aqui. A Casa da Moeda está fazendo licitação para fazer dinheiro, lá fora, nos EUA. Como então demite para economizar?
O fato é que, covardemente, estão jogando nas costas dos trabalhadores a incompetência de um governo de bandidos. São 700 dias sem democracia plena no país, e nós, trabalhadores é que estamos pagando essa conta.
Os moedeiros se somam a mais de 13 milhões de desempregados, mais um recorde desse governo golpista e entreguista.
Mas nós não podemos esmorecer. Não vamos desistir, assim como não desistimos e conseguimos voltar aos nossos postos de trabalho.
Douglas Corrêa - Repórter da Agência Brasil
A Casa da Moeda do Brasil (CMB) demitiu, por telegrama, 212
funcionários de diversas áreas que atuam na sede da empresa no Rio de
Janeiro. A instituição é responsável pela impressão de cédulas de real e
pela fabricação de moedas e de outros produtos como passaportes com chips e selos fiscais.
A
empresa informou, por meio de nota, que a medida foi adotada "após
diversas ações para a redução interna de custos operacionais, a redução
expressiva das funções de confiança e o oferecimento de Plano de
Desligamento Voluntário". "A CMB é uma empresa pública não dependente de
recursos do Tesouro. A redução do quadro de empregados foi avaliada
pela Diretoria Executiva e pelo Conselho de Administração como
necessária para assegurar a sustentabilidade e a continuidade
empresarial”, acrescenta o texto.
Em nota, o Sindicato Nacional
dos Moedeiros (SNM) diz que as demissões fazem parte de um conjunto de
decisões do governo e da gestão da Casa da Moeda do Brasil para
privilegiar grupos privados. "O SNM não medirá esforços para reverter
esse processo de demissão em massa, que é apenas uma das ações para
levar ao processo de desmonte da Casa da Moeda do Brasil, assim como foi
a produção de cédulas de R$ 2 e como está sendo a licitação para a
fabricação de moedas."
De acordo com o sindicato, a medida,
adotada na última sexta-feira (9), atingiu apenas servidores aposentados
ou com tempo de serviço para dar entrada na aposentadoria pelo
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e que entrará na Justiça para
tentar reverter esse plano de demissão.
O vice-presidente do
sindicato, Roni Oliveira, disse que as demissões não ocorreram dentro do
Plano de Demissão Voluntária. O PDV da Casa da Moeda ficou aberto entre
julho e novembro do ano passado e teve adesão de 333 servidores. Com as
demissões da semana passada, a empresa conta atualmente com 2.150
funcionários.
Oliveira disse que, ainda esta semana, o sindicato
vai entrar na Justiça Federal com um pedido de liminar para reverter
esse quadro de demissões.
Segundo o sindicalista, para serem
demitidos, os fundionários da Casa da Moeda teriam de passar por um
processo administrativo. “O trabalhador não pode ser submetido a
demissão imotivada”, disse.
História
A
Casa da Moeda do Brasil foi fundada em 8 de março de 1694 pelo rei de
Portugal D. Pedro II, com o objetivo de atender à demanda de fabricação
de moedas no país.
Há 324 anos, a empresa pública é responsável
pela produção do meio circulante brasileiro. O complexo industrial,
localizado em Santa Cruz, na zona oeste do Rio é um dos maiores do
gênero no mundo. No local, funcionam as três fábricas da empresa – de
cédulas, de moedas e gráfica.
Edição: Juliana Andrade